Só visto! Não é preciso comentários
Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor...
Os portugueses vivem hoje num país nórdico: pagam impostos como no Norte da Europa; têm um nível de vida como no Norte de África. Como são um povo ao qual é difícil agradar, ainda se queixam. Sem razão, evidentemente.
A campanha eleitoral foi dominada por uma metáfora, digamos, dietética: o Estado era obeso e precisava de emagrecer. Chegava a ser difícil distinguir o tempo de antena do PSD de um anúncio da Herbalife. "Perca peso orçamental agora! Pergunte-me como!" O problema é que, ao que parece, um Estado gordo é caro, mas um Estado magro é caríssimo. Aqueles que acusavam o PSD de querer matar o Estado à fome enganaram-se. O PSD quer engordá-lo antes de o matar, como se faz com o porco. Ninguém compra um bácoro escanzelado, e quem se prepara para comprar o Estado também gosta mais de febra do que de osso.
Embora o nutricionismo financeiro seja difícil de compreender, parece-me que deixámos de ter um Estado obeso e passámos a ter um Estado bulímico. Pessoalmente, preferia o gordo. Comia bastante mas era bonacheirão e deixava-me o décimo terceiro mês (o atual décimo segundo mês e meio, ou os décimos terceiros quinze dias) em paz.
Enfim, será o preço a pagar por viver num país com 10 milhões de milionários. Talvez o leitor ainda não tenha reparado, mas este é um país de gente rica: cada português tem um banco e uma ilha. É certo que é o mesmo banco e a mesma ilha, mas são nossos. Todos os contribuintes são proprietários do BPN e da Madeira. Tal como sucede com todos os banqueiros proprietários de ilhas, fizemos uma escolha: estes são luxos caros e difíceis de sustentar. Todos os meses, trabalhamos para sustentar o banco e a ilha, e depois gastamos o dinheiro que sobra em coisas supérfluas, como a comida, a renda e a eletricidade.
Felizmente, o governo ajuda-nos a gerir o salário com inteligência. Pedro Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa, mas era previsível. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor. Afinal, o orçamento gordo era o nosso. Agora está muito mais magro, elegante e saudável. Mais sobra para o banco e para a ilha.
Um preso
Um desaparecido
E outro com dificuldades económicas
Esta caiu-me na caixa de correio eletrónico e não podia deixar de dar uma ajudinha lançando também a minha "farpa e continuando com a máxima que me é muito querida. BEM PREGA O FREI TOMÁS...
Ela é loira, mas de burra não tem nada... Assunção Esteves (PSD), a actual Presidente da Assembleia da República, reformou-se aos 42 anos, com a pensão mensal (14 vezes ano) de 2.315,51€. PARTILHEM S E M M E DO | ||
|
Cavaco nunca me enganou desde a altura em que foi ministro das finanças de Sá Carneiro "cavou" sempre as dificuldades apareceram. Sempre foi um oportunista.
Quando a onda não estava de feição, saltava fora. Quando as ondas eram favoráveis, cavalgava a onda. Agora com a velhice, vai dizendo uns disparates e certa opinião pública e opinadores públicos o desculpam pelo deslize.
Aquilo que disse na sexta-feira passada, não passou de um insulto a milhões de portugueses. Entretanto veio a público emendar a mão mas a emenda foi pior que o soneto. Para dar por fim o seu mandato com o mínimo de dignidade o melhor seria convocar a imprensa para fazer uma comunicação ao país dizendo que se demitia. Era um grande favor que faria ao país.
Num país em que os governantes "tem vergonha na cara" a demissão já teria sido feita logo que começaram as reações ás suas palavras. Sr presidente,demita-se e vá para Boliqueime tratar da horta para ver se as suas reformas chegam ao fim do mês com alguns trocados.
Viva Portugal!
O último relatório da CGA mostra que o Estado gastou mais 3,5 milhões de euros com 383 deputados do que com os 22 311 pensionistas que ganham até 217 euros. Os gastos com este "privilégio" têm aumentado todos os anos. Em 2011, regista-se valor mais elevado de sempre com este tipo de reformas: 9,1 milhões de euros.
Será que este governo terá coragem de dar uma beliscadela nestas chorudas subvenções garantidas ao fim de 12 anos a romper os fundilhos na AR. Nestes doze anos temos que descontar o tempo que estes senhores passaram nos seus escritórios ou a realizar outras tarefas que nada tenham a ver com o cargo para que foram eleitos.
Comentário de Mira Amaral, um dos muitos ex-políticos que têm direito a esse tipo de apoio.
"Que eu saiba, nessas subvenções não existe subsídio de Natal, nem de férias. Não deveria haver cortes , pela simples razão de, tecnicamente, não serem pensões"
É preciso ter muita lata! Para não falar da choruda pensão da CGD que recebe...