Tudo isto está no pasquim Povo Livre de 25 de Maio de 2011
Basta comparar aquilo que esta corja disse ontem e faz hoje.
A mudançaq nota-se! Os portugueses que o digam.
Marco António Costa encontra no “falhanço
absoluto” da governação as actuais
altíssimas e inéditas taxas de desemprego
Para Marco António Costa este número resulta do “falhanço absoluto da governação do PS que não conduziu,
sob o ponto de vista das políticas económicas, de forma correta o país”.
Este é “o balanço que se pode fazer da governação do PS: em número de vítimas que essa governação produziu,
em número de desempregados, em portugueses sem nenhum tipo de esperança neste momento e em número de
empresas que faliram na região Norte durante este período”, destacou.
José Sócrates devia “chorar de vergonha”
com aumento de desemprego, afirma Luís
Montenegro
O deputado do PSD Luís Montenegro defende que o Governo
“não merece uma nova oportunidade” após o país ter atingido
os 12,4 por cento de desemprego, uma taxa que deveria “fazer o
primeiro-ministro chorar de vergonha”.
“Este primeiro-ministro não merece uma nova oportunidade.
Quem merece são os portugueses, uma oportunidade para voltar a
ter confiança no futuro”, afirmou Luís Montenegro, considerando que
o Governo PS deixou o país “à beira do colapso social, económico
e financeiro”.
Na abertura do debate sobre a situação económica e social do
país, na comissão permanente da Assembleia da República, dia 19 de
Maio, Luís Montenegro argumentou que os números do desemprego
divulgados pelo INE, 12,4 por cento no primeiro trimestre do ano,
“são a parte mais negra da governação falhada de José Sócrates”.
Carlos Moedas lembra que José Sócrates
levou Portugal “ao buraco”
O candidato a deputado pelo PSD Carlos Moedas afirmou em Vila Nova de Milfontes, num jantar de campanha em que esteve
Passos Coelho, que o secretário-geral do PS, José Sócrates, levou o país “ao buraco” e agora “não quer parar de cavar”, porque pretende
prosseguir com as mesmas políticas.
O ataque social
João César das Neves
A maior parte das pessoas em Portugal está zangada. Os outros estão assustados ou só tristes. Estas atitudes, se parecem justificadas, são muito inconvenientes. Neste
período, mais que nunca, é necessário espírito lúcido, cabeça fria, imaginação serena. Tudo isto é incompatível com medo, tristeza e sobretudo raiva. Não admira a indigência
dos debates.
Razão central da fúria é o suposto ataque ao Estado social. Alegadamente os terríveis neoliberais querem usar a crise para desmantelar os direitos laborais, de saúde,
protecção e outros benefícios. Autopromovidos defensores da justiça e solidariedade chegam a proclamar uma guerra santa contra a ameaça. Mas os seus argumentos são
falsos, enganadores e perversos.
Mais uma voz portuguesa
que se levanta
Alvaro Santos Pereira
1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos
90 anos
2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida
pública este ano vai rondar os 100% do PIB
3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais
25% do PIB nacional)
4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das
PPP (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nossos governantes para fazer
obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos
governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito.
5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos).
Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou
aos 11,1% e continua a aumentar.
6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados
há mais de 12 meses
7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos.
8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações
9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente
todos os indicadores possíveis
10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de
230% do PIB
11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase
110% do PIB
12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento
disponível
13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB
14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente,
ao nosso Estado
15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos
16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE
17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos
18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre
os 8% e os 10% do PIB
19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil.
Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa
20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor
do que o México e a Turquia)
21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso
já ultrapassa os 50% do PIB
22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349 Institutos
Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões,
100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, um número
indeterminado de parcerias-publicas-privadas, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e
sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1
Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários
de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional,
2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas
Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos,
350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de
Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda
308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação
e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Intermunicipais.
22) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e
despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram
pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado
tem ficado imune à austeridade